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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Moradores reclamam da falta de água.


Cansados de conviver com a falta de água em suas residências, moradores do Bairro Boa Esperança, em Rolim de Moura, reclamam frequentemente das dificuldades enfrentadas. As reclamações se estendem pelos demais bairros do município.

Segundo Terezinha Dias, residente em Rolim de Moura, há pelo menos 15 anos, no período da seca a situação de agrava, ficando algumas vezes sem água durante dias. “Somos obrigados a conviver com essa insegurança, nunca sabemos se vamos receber ou não a água da rua, principalmente nessa época, que praticamente não chove na região”, respondeu.

alternativas
A compra de um segundo reservatório foi a alternativa de Terezinha, que levanta todas as noites para abrir o registro e garantir um pouco mais de água na caixa, haja vista que a água só vem de madrugada. “Pelo menos assim, sei que vou conseguir concluir minhas atividades domésticas, como lavar louças, limpar a casa e calçadas e lavar as roupas da família”, concluiu.
Para reduzir o problema, a lavadeira de roupas Marcia de Oliveira foi obrigada a construir um poço em seu quintal. “Não tive saída, ou construía um poço, ou ficava sem trabalhar; quem não tem poço, é obrigado a se virar durante o dia com o que tem. Mas a cobrança da taxa não falta de jeito nenhum”, criticou.
Os riscos do poço
Segundo o engenheiro ambiental, André Luiz Biancardine, a água, quando apanhada em seu estado bruto, contém milhares de bactérias, altamente nocivas à saúde humana. “Um poço construído sem conhecimento técnico pode se tornar, por fim, um grande problema aos seus usuários. Ele absorve todas as impurezas de esgotos próximos do poço, bem como serve de toca para ratos, entre outros problemas totalmente nocivos à saúde. Certamente, é uma alternativa desaconselhável para sanar a falta de água”, enalteceu o engenheiro.
Reposta da Caerd
Segundo informou Claudio dos Santos, técnico em sistema de saneamento da Caerd, a falta do fornecimento de água se deu em virtude do rompimento de um cabo de alta tensão da Eletrobrás, ocorrido de domingo para a segunda-feira (18-07), o que resultou na interrupção da distribuição. “Com o rompimento da energia elétrica, todo o sistema da Companhia ficou inoperante durante toda a manhã de segunda-feira, sendo retomado naquele dia a partir das 10h. No entanto, a pressurização da rede não ocorre imediatamente, tendo o seu tempo para ser normalizado, o que resultou na demora do reabastecimento da rede”, explicou Claudio.
Indagado sobre o fato de que algumas regiões da cidade só recebem água no período noturno, conforme as reclamações repassadas à redação do Diário, Claudio respondeu que isso ocorre porque a rede de pressão trabalha com um sistema por gravidade, levando mais tempo para atingir as comunidades mais altas do município, contrapondo as denúncias de que o órgão vem deixando de fornecer água.
Na oportunidade, o técnico em sistema de saneamento pediu à população mais cautela sobre o uso desenfreado da água. “Quando se utiliza a água de maneira abusiva, a pessoa não só se deprecia como ainda prejudica os demais vizinhos. Reconhecemos que é difícil suportar todo esse calor, no entanto, devemos ser racionais, para que a distribuição ocorra sem interrupções”, concluiu.

Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura
20 de julho de 2011

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