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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Acadêmicos e professores se reunem com reitor


Após uma manifestação expressiva dos acadêmicos e professores da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Campus de Rolim de Moura, ocorrida na ultima semana para exigir melhores condições na estrutura dos cinco cursos oferecidos no município, o reitor Januário Amaral esteve no Campus de Rolim na ultima terça-feira tentando apaziguar a situação.
O encontro aconteceu no auditório do Campus, localizado em um anexo da biblioteca, onde professores e acadêmicos expuseram suas reivindicações em busca de respostas da reitoria aos problemas, entre elas exigiram do reitor que tome uma providência imediata com relação à reestruturação e implantação dos laboratórios dos cursos de medicina veterinária, agronomia e engenharia florestal, e no melhoramento do acervo bibliográfico geral, incluindo os cursos de história e pedagogia, itens analisados como indispensáveis para a formação profissional dos acadêmicos, muitos deles vindos de outros municípios e estados.
Após a reclamação, o reitor informou que a Universidade já adquiriu alguns livros para o Campus, contudo falta profissional para catalogá-los, notícia que deixou os nervos dos acadêmicos ainda mais aflorados, entendendo a resposta como falta de uma gestão na Unir. Na oportunidade, Januário disse ainda que a UNIR há em caixa cerca de R$500 mil para serem investidos em mais livros, solicitando que as exigências fossem repassadas à Direção do Campus, algo que, segundo os professores, não existe de maneira democrática há seis anos, uma vez que a direção tem sido indicada pelo reitor sem o consenso dos acadêmicos e professores que compõem o Campus.
CAOS
Segundo revelou um dos professores de Rolim de Moura que não quis se identificar, a Universidade tem enfrentado um caos. “Entre tantas dificuldades, cito que é vergonhoso um professor cessar uma aula para que outra turma possa estudar, fato que se tornou corriqueiro, pois não há salas de aula suficiente para atender todas as turmas; também é vergonhoso os alunos terem que fazer vaquinha para comprar os materiais de laboratório e livros que deveriam ser disponibilizados pela UNIR. Queremos saber o que tem ocorrido com o dinheiro que deveria ser investido na Universidade, porque prestação de contas é algo inocorrente por aqui”, declarou.
Outro fator que intriga a comunidade acadêmica é com relação às três obras prediais localizadas no fundo do Campus, que estão paralisadas, havendo um questionamento sobre o destino do recurso federal enviado para a implantação dos prédios e da cantina, uma vez que a conversa nos corredores é que o recurso acabou, não permitindo o conclusão das obras.
 TRANSPORTE
Com tantas reinvindicações, poucas tiveram boas respostas durante a audiência, mas entre os comprometimentos de Januário, ele informou aos acadêmicos que o ônibus disponibilizado para levar os alunos até a extensão da UNIR, no quilômetro 15, será substituído por outro com capacidade maior de acomodação, haja vista que alguns acadêmicos acabam prejudicados pela falta de transporte quando as aulas ocorrem na extensão. No ensejo, o reitor anunciou também que o Campus ganhará mais quatro bebedouros para atender a demanda e que os aparelhos de ar-condicionado estragados receberão manutenção.
O encontro decorreu durante toda a manhã, enfrentando picos de discussões entre reitoria, acadêmicos e professores, que por vezes criticaram a falta de resposta aos ofícios e e-mails enviados à reitoria. “Precisamos ser ouvidos com mais frequência, não apenas quando os problemas estouram para a sociedade; precisamos de respeito e dignidade”, desabafou um acadêmico de agronomia.
O encontro demorou cerca de três horas, vindo a encerrar por volta das 12h, tendo o reitor se comprometido a solucionar, pelo menos, parte dos problemas com celeridade.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura





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