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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Moradores ameaçados de despejo continuam sem solução

Após conversações entre Prefeitura, Ministério Público e as famílias ameaçadas de despejo pela Defesa Civil, o problema sobre o destino dos moradores das 14 casas condenadas por se encontrarem em situação de risco emergente continuam sem solução. O prazo estipulado pela Defesa Civil para a desocupação das casas era até o ultimo dia 30, mas até agora as autoridades competentes não deram nenhuma resposta concreta sobre o destino desses moradores.
Há mais de um mês uma análise da Defesa Civil constatou que 24 domicílios, localizados no bairro Bom Jardim, não apresentavam condições alguma de moradia, contendo grandes rachaduras em sua estrutura, com risco eminente de desmoronar a qualquer instante.
Segundo o presidente da Associação de Moradores do Bom Jardim, José Aparecido Roque (o Borracha), dos 24 domicílios condenados 14 continuam ocupados por famílias que têm vivido momentos angustiantes, convivendo com o medo de serem despejadas a qualquer instante e sem terem para onde ir. “O problema é que a gente procura a prefeitura e ninguém sabe responder o que será feito por essas famílias. Falam sobre o cadastramento dessas pessoas no programa Minha Casa Minha Vida, para tentar uma nova moradia, mas a gente sabe que é incerto, que talvez não contemple a todos e que é um projeto demorado. E aí? Como ficam os moradores que serão despejados?”, indagou Borracha.
A POSIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
No início do mês de agosto, durante uma reunião entre prefeitura, Defesa Civil, Câmara de Vereadores e Ministério Público (MP), ficou determinado ao Executivo Municipal a obrigação do órgão em se responsabilizar pelo pagamento das despesas com aluguel dos moradores em situação de risco, no valor de R$300, por um período de seis meses, ato repudiado por grande parte dos afetados.
De acordo com a dona de casa Fabiana Garcia Gomes, 27, que foi obrigada a construir um barraco no fundo do quintal após ter sua casa totalmente condenada, a preocupação dos moradores é o destino dessas famílias depois do término dos seis meses de aluguel. “Estou a dez meses morando num barraco junto com meu marido, que é pedreiro, e minha filha, de sete anos, só nós sabemos o quanto tem sido difícil enfrentar essa situação. Não adianta a prefeitura ajudar com aluguel, porque depois que o prazo terminar o sofrimento voltará. Ninguém quer morar na rua, só queremos um lugar tranquilo para cuidar da nossa família; por que eles não pegam o valor total dos seis meses de aluguel e não nos dão em material para restaurar o nosso lar? É isso que precisamos, se querem mesmo nos ajudar essa seria a melhor solução”, desabafa Fabiana.
NOVA REUNIÃO
Na tarde da ultima sexta-feira, 09, o presidente do bairro - Borracha, com o apoio da moradora Fabiana, realizou uma nova reunião com os moradores afetados, onde na presença do Deputado Estadual Euclides Maciel e do vereador Sergio Sequessabe, explanaram sobre as dificuldades e o medo nos últimos dias.
No encontro, eles suplicaram a ajuda do deputado, que se comprometeu a partir de amanhã, terça-feira, buscar uma solução urgente para ajudar essas famílias. Segundo o deputado uma situação parecida com esta foi acompanhada de perto por ele em Porto Velho. “É uma situação lamentável e a sociedade sabe o quanto é difícil se virar com um salário mínimo nos dias de hoje, onde tudo é muito caro; aceitar esse aluguel seria o mesmo que tentar tapar o sol com uma peneira, algo que não deve ser aceito pelos moradores. A melhor alternativa seria encontrar um meio de ajudá-los com a melhoria das casas e eu vou lutar junto com eles”, disse Euclides.
Segundo Borracha, além das 24 casas condenadas em risco emergente, há ainda outras 117 no bairro que também foram avaliadas pela Defesa Civil e que se não receberem uma atenção extra das autoridades públicas o quanto antes também se enquadrarão na mesma situação de risco 1, deparada nas atuais 24.
Fabiana Cortez/ Diário da Amazônia/ Rolim de Moura

1 comentários:

Franciely Rateiro disse...

Adoro seu blog... tomara que se resolvar o problema o mais rapido possivel... beijão Fabii, otima semana. Fran Rateiro

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