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terça-feira, 27 de março de 2012

BR-364 ENTRE CACOAL E PRESIDENTE MÉDICI AINDA É CRÍTICA

(Por Fabiana Cortez)

 Transitar os 67 quilômetros de rodovia federal, entre os municípios de Cacoal e Presidente Médici está sendo o principal obstáculo dos usuários da BR-364. Sinalização deficiente, falta de  acostamento e buracos na pista em quase todo o trajeto são comuns.
Foi a 10 quilômetros de Cacoal, sentido Porto Velho, que ficou registrado o início da “via sacra” enfrentada por centenas de motoristas, dependentes da BR-364. Próximo ao km-262 da rodovia, a 23 quilômetros da Capital do Café, o cirurgião dentista Origenes José Gomes, morador de Cacoal, que quatro vezes por semana se desloca para o distrito de Estrela de Rondônia para trabalhar, foi uma das vítimas dos tantos buracos que se formaram na pista. Ele teve um dos pneus estourado, depois de bater com a roda em um buraco. “É lastimável o que Rondônia enfrenta em se tratando de estradas federais, pois desde 1996 vivencio esse descaso que é a BR”, alegou.
O caminhoneiro paulista, Francisco Galiardo (70), que veio a Rondônia para buscar uma carga de carne também teve seu veículo danificado enquanto retornava com o carregamento de Porto Velho. “É preciso dar um basta ao abandono e começar o quanto antes um trabalho de restauração de regiões críticas como os registrados em Rondônia e se não houver condições para preservar em bom estado de conservação, que terceirize o trabalho e coloque pedágio. Não tenho dúvidas de que o dinheiro pago em pedágio será menor que os prejuízos que os motoristas arcam ao ter que consertar o veículo”, opinou.
Tendo em vista reduzir o risco de acidentes na BR-364, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT implantou em determinados trechos da rodovia algumas frentes de trabalho que estão agindo na recuperação emergencial de pontos mais críticos.
Segundo o coordenador de uma das equipes, Jaci José Rodrigues, há 15 dias seis frentes de trabalho e pelo menos 60 homens estão envolvidos no serviço emergencial de tapa-buracos entre Presidente Médici e Cacoal.
O superintendente do DNIT, André Reitz do Valle, confirmou as informações repassadas por Jaci e disse que o trabalho está sendo executado no intuito de amortizar os riscos de acidentes até que seja licitada a empresa para executar uma restauração geral da BR-364. “Como é intenso o movimento, concentramos equipes de trabalho nas áreas mais críticas da rodovia para que as pessoas tenham condições de seguirem viagem sem tantos riscos, principalmente porque sabemos o quanto é intenso o movimento. Essa ação será contínua até que a licitação seja concluída”, assegurou.
Apesar de afirmarem haver seis equipes de trabalho na extensão, no ultimo dia 22 (quinta-feira) apenas três frentes de trabalho foram encontradas no trajeto. Enquanto uma utilizava brita e pó de brita para restauração da pista, as seguintes utilizavam a terra como matéria-prima.
De acordo com o superintendente do DNIT, o material empregado na recuperação está sendo selecionado conforme as necessidades. “Em áreas onde o comprometimento da estrada é menor é utilizado uma qualidade de terra capaz de sustentar a circulação de veículos por um bom tempo, mas em áreas em que a situação é agravante utiliza-se solo e brita, ou somente brita”, explicou.
No percurso, alguns trechos já foram recuperados, mas ainda há muitos quilômetros para serem reparados. Poucos lugares foram encontrados sem obstáculos aos condutores, em sua maioria a velocidade máxima alcançada pelos motoristas não ultrapassava 20 km/h. Em certos lugares, como próximo ao trevo de acesso à RO-429, que liga aos municípios da Zona da Mata rondoniense o asfalto desapareceu, restando somente trechos de terra. Raras regiões como as entradas das cidades se isentam do descaso da BR-364.

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